Halder Gomes É o "Astista Contra o Caba do Mal"
Alô, alô malungueir@s de todas as cenas, eis que aterrissa em seu disco voador mais uma matéria para o meu, o seu, o nosso blog de arte, cultura de entretenimento, o Mafuá do Malungo. E desta vez o assunto é CI-NE-MAAAAAAAAAA. Cineminha da "cabeça chata" e dos "cambito seco", mas mais valente que siri numa lata.
Então, para aquel@s que pensam que o cinema brasileiro tem apenas os nobilíssimos sobrenomes: Sales, Meirelles, Barreto e Amorim; podem pegar a caneta e acrescentar mais um nome à lista. O nome dele é Gomes, Halder Gomes.
Para quem não conhece, Halder Gomes é brasileiro e cearense de Senador Pompeu, faixa preta de taekwondo, surfista, massagista, dono de academia, roteirista, produtor, ator, dublê, diretor de filmes no Brasil e no exterior, e, quem diria (?), torcedor do Fortaleza. Halder Gomes é "O Cara", joga nas 11 e ainda bate o pênalti. Começou sua carreira em Hollywood no início dos anos 90 como dublê de cenas de luta em filmes de ação. Coisa muito legal e até que poderia ficar por aí com essa vida de "corno", como ele mesmo diz, levando porrada de todo mundo, não é? Não! Halder Gomes é brasileiro e não desiste nunca. Pior, cearense! Mais teimoso que sapo de alpendre, cearense que é cearense feito Halder Gomes, não ia perder a oportunidade de fazer muitos contatos preparando o terreno para os projetos posteriores. Volta para o Brasil no início dos anos 2000 e investe o pouco que tinha no roteiro de seu primeiro longa, Sunland Heat – No Calor da Terra do Sol (2001), um thriller de ação e luta quase totalmente rodado em Fortaleza, o que lhe rendeu o apelido de Van Damme cearense. O filme foi um fracasso, mas o diretor e ex-dublê não parou por aí.
Em 2004 realiza o curta Cine Holiúdy – O Astista Contra o Caba doMal (2004), o primeiro filme totalmente falado em dialeto cearês. O filme, sem precisar dar um só "cangapé" nem "voadora nos peito" de nenhum "fela da gaita", rendeu-lhe dezenas de prêmios em mostras de cinema no Brasil e no exterior, arrebatando premiações de melhor roteiro, direção de arte, ator, fotografia. A farta premiação do curta, portanto, lhe permitiu voos mais altos.
Em 2007, veio o documentário propositalmente tendencioso, Loucos de Futebol e, em 2008, dirige o totalmente hollywoodiano The Morgue, filme totalmente rodado e produzido nos EUA. Em 2009 e 2010, produziu o ainda inédito Área Q, ficção científica sobre aparições de extraterrestres no sertão central cearense; e dividiu a direção do também ainda inédito As Mãe de Chico Xavier, rodado parcialmente em Guaramiranga, município do maciço de Baturité.
Halder Gomes divide atualmente seu trabalho cinematográfico em duas partes, uma delas é a realização de seus projetos autorais, nos quais retrata suas experiências de vida, sua infância enriquecida pelas estórias ouvidas e vividas no sertão central. A outra parte, e não menos importante, é a realização profissional do cinema comercial, a parte que se preocupa com prazos, orçamentos, divulgação e distribuição; a parte operacional, industrial e empresarial do cinema. Assim, não é difícil, portanto, prever que Halder Gomes ainda vai dar muito o que falar e quem viver, verá.
Abaixo, assistam o premiadíssimo curta de Halder Gomes, Cine Holiúdy – O Astista Contra o Caba doMal.
